Poemas
Lixar
Lixo as
unhas
olho o
céu pela janela
meu chá
na mesa
ao lado do papel
e caneta
quente,
quase fervendo
a fumaça
dançando no ar
desaparece
no nada
o
reflexo do meu óculos
se
mistura com a sujeira
penso em
muita coisa
mas nada
útil
nada que
eu escreva
nada que
valha muito.
Meus pés
latejam
de tanto andar
contornei
toda à lagoa.
Minha
blusa
suja das
cinzas do cigarro
que caem
em sua direção
balança
conforme o vento
dança
junto à música
o
barulho do vento
as
rajadas que dá o tempo
aguçam
meu ouvido
e
apavoram-me o peito
o
barulho da chuva
me
acalma
assim
como esse cigarro
que fumo loucamente.
Nenhum comentário