um nome qualquer
Olho no espelho e não gosto do que vejo.
Mudo a proposta
Olho no espelho e não gosto do que não vejo.
Mudo a proposta
Olho no espelho e me vejo.
Não me agrada a imagem que nele reflete
é um eu não eu.
Meus cabelos,
na tentativa de me encontrar,
levei ao chão
Mas o reflexo continua o mesmo
Não sinto a calmaria que outubro trás
me perco na imagem
refle a tempestade
trovões e furacões passam
o reflexo imóvel
No meio de tanta ventania
O que acalma, destrói
o que da vida, mata
e todo fim vira inicio
que precisa de meio
Não nego.
A imagem me prende
Me carrega para dentro de si
No seu interior, oco
tudo fica de ponta cabeça
E o sol lá fora me chama
Me queima a pele
reflete, de um modo diferente
Queima a pele e colore.
Olho para o sol e há tanta luz
Que não enxergo
nem a mim, nem ao sol
Volto para dentro
Olho no espelho. Não enxergo.
Gosto do que sinto.
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